sexta-feira, abril 14, 2006

O revólver de trazer por casa


Querem fazer de mim o revólver de trazer por casa,
Fizeram já de mim o revólver de trazer por casa,
Aquele que toda a gente ,uma,duas vezes na vida,
Encosta por teatro a um ouvido
Que acaba por se fechar envergonhado.

Um bom revólver domesticado:
Algumas noções de pré-suicídio,mas não mais,
Que a vida está muito cara e a aventura
Nem sempre devolve o barco que lhe mandam.

Quem espera por mim não espera por mim
E talvez me encontre por um acaso distraído.
Mas no meu obsceno mostruário de gestos,
Guardo o mais obsceno
Para quando a ilusão se der...

Alexandre O'Neil

4 comentários:

Promenade Du Feu disse...

Penso que ele se refere ao momento de puxar o gatilho, no meu entender é tambem o momento da morte e portanto do desconhecido. Mas não sei, a verdade é que gosto muito, gosto daquilo que me parece sêr um crítica ao facto de muitas pessoas nos culparem pelo que de mau lhes ocorre na vida, de fazerem de nós "revolvér de trazer por casa" Mas talvez esteja a a supôr demasiado.
Um bom dia Safo

Lúcio Ferro disse...

Morning, Promenade. How are you?

Promenade Du Feu disse...

Olá boneco, como te corre a vida?

Lúcio Ferro disse...

Não corre. Está a modos que estagnada. Coisas. Fuck it. Have a nice day.